E pronto, lá fomos nós. Muito nervo, algum treino e
correu tudo bem. Não se deu nenhuma catástrofe e acho que todos perceberam o objectivo e conteúdo da coisa. Agora estou só a
morrer de sonolência extrema, porque acordei às 7h30 e dormi apenas cerca de 6h...pra mim é muito pouco!
O congresso foi giro, os temas eram interessantes e dentro do nosso contexto profissional. Mas o que mais me marcou foi o
testemunho de uma familiar de uma criança totalmente
dependente. Não me vou alongar, digo só que várias vezes durante o discurso dela me vieram as lágrimas aos olhos e acho que só não desatei a chorar desalmadamente (eu sou muito emotiva nestas coisas, pieeeeegas), porque estava rodeada de gente desconhecida. Os cuidadores de alguém dependente são pessoas de
coragem. Muitas vezes prestamos atenção apenas ao doente e esquecemo-nos de olhar por quem olha por eles; pessoas que sacrificam a vida social, pessoal, para se dedicarem a cuidar de quem amam. Dão-lhes apoio e força, dão-lhes cuidados, dão-lhes ânimo, mas também eles precisam de apoio e muito! Fiquei
emocionada com a história de amor e dedicação que ouvi. Fiquei ainda mais sensibilizada quando falaram de pessoas que, sem pertencerem à família, prestam cuidados gratuitamente, ajudam no que é preciso, ligaram-se a eles apenas por
pura boa vontade. E agora são família do coração!
É bom saber que ainda
há pessoas genuinamente boas neste mundo, que ajudam e se ligam aos outros sem pedir ou esperar nada em troca. Faz-me acreditar no ser humano e sentir que ainda há espaço para valores, solidariedade, amizade, enfim, para um
"bom coração".
