sábado, 15 de fevereiro de 2014

Da notícia do INEM e da cadela

Não sei se ouviram há tempos na tv ou pelas redes sociais, que o INEM foi accionado para o salvamento de uma menina de 3 anos que, afinal, era uma cadela. Bombeiros, GNR, VMER, psicólogos acorreram ao local, onde se pensava haver uma criança que fora agredida por uma matilha de cães e que estaria a sufocar na coleira de um cão. Mas não era uma criança; a senhora chamava "minha menina" à cadela e todos pensavam que se tratava de uma criança e nem o marido da senhora desfez o equívoco.

Esta confusão prova aquilo que todos sabemos: a falta de conhecimento e instrução de muitas pessoas, a solidão, o abandono a que são sujeitos. Acredito que a senhora não tenha feito por mal, que estaria mesmo aflita por os animais serem a sua companhia e família, mas teria de ter mencionado que não se tratava de uma criança mas sim de um animal. Não existem meios veterinários de socorro, mas os bombeiros indicariam um centro veterinário próximo ou dado aconselhamento à senhora. Durante o tempo que a VMER levou a chegar ao local, outras pessoas podiam ter necessitado de socorro e ter ficado sem ajuda. Já para não falar dos profissionais de saúde que foram a alta velocidade para o local, andaram à chuva e frio durante vários kms, aflitos para salvar uma menina de 3 anos e depararem-se com uma situação totalmente diferente do que a que contavam.

Mas o que mais me chocou no meio disto tudo foram os comentários no Facebook do INEM, que expôs a situação apenas para informar, para alertar para a utilização de uma boa informação. Pessoas inflamadas, a defender os animais e o seu direito à vida, a ofender os médicos e enfermeiros  e mesmo o INEM, quase a dizer que era obrigação do INEM prestar socorro à cadela. Já ninguém aceita a opinião de ninguém, parte-se logo para a agressão e ofensa verbal e mais nada. Reparem neste "há com cada inergumeno aki a postar comments k mereciam morrer da msm forma k a cadela desta senhora!!". A ofensa é gratuita. Eu adoro animais, defendo os seus direitos, tenho uma gatinha que amo e que faria tudo por ela, mas há que ter discernimento e bom senso, por favor. Estas coisas não se dizem!

Esta situação passou-se durante a época em que a tv só falava da praxe, foi dada pouca atenção....acho mal porque as pessoas deviam ter um maior conhecimento de como e quando contactar os serviços de emergência, da maneira como operam e do que fazem todos os dias por cada um de nós.

Um comentário:

Obrigada pela sua teoria! ;)