segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O primeiro amor

É impressionante como tudo muda. O tempo passa, mudam-se penteados, formas de vestir, mudam-se gestos e atitudes, mudam-se ideais, paixões e gostos. Sentimentos. Como podemos amar tanto alguém e constatar depois de algum tempo, que essa pessoa nos é praticamente indiferente? Ela significou tanto…e agora, não há qualquer laço, a não ser as recordações.
As recordações…de um amor avassalador, intenso e suado, de um amor que nada poderia abalar. O 1º amor. Lembram-se do vosso? Aquela paixão e loucura, a partilha de todos os pensamentos, medos, de todo o futuro. O que fica do 1º amor? Raiva? Carinho? Cumplicidade? Indiferença?
Mudámos muito; mas quando olho no fundinho dos teus olhos vejo ainda restos da pessoa que amei acima de tudo. Sei que ela está lá, ainda, escondida…e tu sabes. Por que quando me olhas vês a Ana que fui…e dizes-me que não mudei nada, que continuo a mesma. Mentira! A essência mantém-se, claro…mas mudei. E muito por culpa do meu 1º amor. Sou agora uma pessoa muito mais confiante, madura, desconfiada…descrente (esta parte é triste lol). Que sabe o que quer e o procura. Que já não pensa no futuro longínquo, como antes, e se dedica apenas à felicidade diária e ao amanhã próximo… Cresci.
Lembram-se? Tudo o que importava eram os momentos passados e vividos a dois, como apenas um. Mas…como disse…tudo muda e o amor assume várias formas. Muitas pessoas ficam presas ao 1º amor e porquê? Simples; aos 16/17/18 anos a entrega é total; não existem desconfianças, nem análises tipo “o que é que ele faz, ele já traiu, ele tá longe, ele não está pronto para o compromisso”, a única certeza é aquela felicidade arrebatadora que sentimos! O amor é puro e genuíno, o coração não carrega mágoas e entrega-se totalmente. Porque muitos insistem em relações de 12 anos, que vêm desde a adolescência? Querem fazer perdurar esse sentimento, mesmo já sem paixão, vivem agarrados àquela sensação de amor pleno que experenciaram no inicio…quando tudo era puro…mas tudo muda! O amor é uma ilha aos 17 anos. Mas não aos 25… Toda a gente procura a felicidade, a “ilha”, mas, lembrem-se, esse tipo de amor já foi vivido e não volta mais. Eu não o procuro porque sei que não o vou encontrar...e não o desejo. Quero um amor sereno, um amor apaixonado mas companheiro, um amor adulto…e completo. Mas não adolescente! Afinal esse…já o vivi :)

11 comentários:

  1. Este é para ti, meu amigo....liberta-te!!!:)
    Beijinhos*

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  2. Mais um post fantástico amiga!!
    Ainda no outro dia falávamos sobre isso...E realmente do 1º amor so fica a saudade daquilo que se passou. Mas as pessaos mudam... Nós mudamos, eles mudaram... E agora olhamos, reparamos e apercebemo-nos que já nada resta da pessoa por quem nos apaixonámos... Pelo contrário...
    E como dizes já nada é igual... Agora a descrença é muita (isto é mesmo muito triste)! Já não volta aquele amor avassalador que nos deixava a sonhar e a levitar... Mas é muito bom saber que algum dia o sentimos! Há aqueles que numa vida inteira n tem essa sorte. Ou então que insistem que esse amor perdure até se desgastar e ficar sem significado. E insistem, insistem, insistem... Isso não é felicidade! (pelo menos a meu ver...)Nós temos a sorte de ter vivido esse amor para agora podermos viver um outro tipo de amor... Aquele maduro, companheiro, sincero que eu acredtio que ainda existe... E vamos ser muito muito felizes!! Não tenho duvidas disso porque nós merecemos!! :-)
    Adoro-te miga!
    *Mimos*

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  3. Olá gostei muito do seu post!!
    Gostava de conhecer voçê
    Tenho 26 anos, sou um cara adulto, sereno, companheiro, fiel e com muito amor para dar..
    Mi liga vai ;)

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  4. Só mesmo o teu post para agora me fazer PARA e PENSAR! Hoje estou num daqueles dias em que só me apetece morrer, esconder num buraquinho bem fundo, fugir não é a solução de facto, mas existem momentos em que só da vontade de isso mesmo. Há o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porque", Sábio Luís de Camões. Ah o primeiro amor confesso que o meu não foi assim á tanto tempo quanto isso, demorei a acha-lo, num instante o perdi…a vida é mesmo engraçada. Quando somos jovens entregamo-nos de corpo e alma, por inconsciência talvez, ou simplesmente por sermos jovens e por ser o processo natural. Sou uma jovem de facto mas a vida feliz ou infelizmente já me ensinou muito, assim como tu Ana já fui imatura, inocente, sonhadora, de paixão fácil…. Hoje as coisas são diferentes, vou vivendo um dia de cada vez, faço projectos para as semanas que se aproximam, é tudo tão difícil de construir, uma casa, uma família, um ciclo de amigos… um grande amor, mas de um momento para o outro tudo se vai, como uma brisa fresca que bata no meu rosto num dia quente de verão. Mas, confesso que sinto falta do carinho, do braço amigo, da compreensão, da cumplicidade, do meu abrigo... da outra metade da laranja do amor puro, simples e doce. Não espero por um príncipe encantado montado num cavalo branco e com um ramo de rosas no braçado… mas talvez um dia apareça “o tal”, e que me faça acreditar de novo no amor puro e verdadeiro.
    Lembrem-se existe sempre o pôr do sol que encerra um dia, mas que nos dá alento para o renascer do mesmo sol é o renascer da vida.
    Neste momento sinto que se quebrou tudo, apaixonei-me pela pessoa errada, acho que tenho queda para missões impossíveis lol só desejo acordar um dia e já não sentir aquela dorzinha . A vida é mesmo uma escola, elogia as nossas vitórias e castiga-nos pelos erros dados na composição que é a nossa vida.

    Tudo é eterno até acabar…

    Estou a ficar uma lamechas! Jesus me abana!!! Lol

    Beijo Grande Ana *

    Sílvia (,”)

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  5. Aninha, estamos numa onda de sentimentalismo e nostalgia? :) Ou talvez não...
    Bom, li e reli o teu post e pensava e simultâneo no que te havia de escrever acerca deste assunto... E é vedade como dizes, o "amor adolescente" é puro, inocente, em tudo crê, todos (co)move! Pode desejar-se eterno e viver na sua sombra, construindo uma felicidade de utopia e sonhos irreais! Pode-se, por outro lado, permitirmo-nos ser livres, deixando-nos levar por felizes encontros e acasos! Sem falsas expectativas, sem preconceitos. Com coração aberto.
    Há quem diga que tudo passa...e eu não diria assim, diria antes como o sábio Lavoisier: "(...)tudo se transforma" (LOL) Na verdade, ainda que nem seja bem assim, creio que aquilo que somos e em quem nos tranformamos (lá está!) é construido pelo que nos rodeia, por e com aqueles nos relacionamos, pelos nossos amores e desamores. Porque a vida é mesmo assim...preenche-se com encontros e desencontros, vai-se colorindo com risos e com lágrimas! E o amor, esse mais nobre sentimento, seja o primeiro ou o último veste-nos, de todas as vezes que aparece na nossa vida da mais pura inocência infantil e de juras eternas, de sorrisos fáceis e sonhos "cor-de-rosa"! É só deixá-lo entrar e viver nele como se fosse...o primeiro...ou o último amor!
    Beijinho no coração ;)
    SusanaR

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  6. Há quem encontre no seu primeiro amor o seu AMOR (são raros mas acredito que existam) há quem precise de se cruzar com vários amores até descobrir que "este sim, é o verdadeiro e maior", há até quem esteja anos ao lado do seu verdadeiro e maior amor sem o notar sequer!
    O que é melhor? encontra-lo logo à primeira ou ter de fazer várias tentativas até se acretar? A resposta acho que nem interessa saber porque ainda que soubessemos não poderiamos escolher!
    O amor não se procura nem se encontra, simplesmente ACONTECE!(como no filme:)
    Bjs

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  7. Sílvia: concordo com tudo! e não desanimes mnha amiga...the best is yet to come!!!I´m sure;)
    beijo enorme!
    e já agr, um blog teu, n?:P

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  8. Susana: adorei o teu comentário....tens toda a razão!Acho k tudo se transforma...o amor, a paixão, as pessoas...o tempo e as vivências transformam-nos!E os amores e desamores...Lavoisier rula!lol beijo enorme*

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  9. Ana... Ana... Ana... Amiga, isto de regressar ao passado tem tanto de fantástico como de Fado...
    Mas o prometido é devido! :)))

    Comecei a ler e à terceira frase tive de voltar à primeira. Não é que estejam mal escritas e andasse à procura de algum erro, mas mudou tanta coisa em tão pouco tempo que tive medo que o próprio texto tivesse ele também mudado enquanto lia o resto do parágrafo... :)))
    Mas à segunda fiquei mais descansado, pois o texto, ao menos ele, falava do mesmo. Já o mesmo não se pode dizer dos teus sentimentos. E a velocidade com que "atropelas" tantas etapas, discussões filosóficas e matérias de livros e dissertações das ciências humanas... é tal que tive de ir buscar o meu capacete de bike para me proteger contra qualquer objecto do qual não me consiga desviar, leia-se comentar...

    O tempo passa! Os penteados mudam, sobretudo na mulheres por estética e nos homens mais por necessidade, leia-se por falta de cabelo para os efeitos mais especiais... sim! Quanto ao resto as pessoas não mudam assim tanto. Com sorte atingem a maturidade nos gestos e atitudes, aprimoram os seus ideais, as paixões e os gostos. Até aceito o "transformam-se", mas não acredito no "perderem-se". O maior elogio que recebi nos últimos tempos foi "Passados todos estes anos continuas igual, o mesmo, igual a ti próprio". Vindo de uma amiga de longa data e tão especial, tem ainda maior significado.

    Não acredito na indiferença para com alguém que nos diz muito... Muito menos do nosso primeiro Amor. Até porque foi o primeiro. Dizes que mudaste por causa dele. Eu acredito que não mudei por causa dele... :) Cresci muito com ele e deu-me tudo aquilo em que eu ainda acredito e procuro hoje em dia.

    Se me lembro dele? "O que fica do 1º Amor?" Fiquei a pensar nesta tua dúvida porque é uma pergunta à qual ainda não consegui responder. Indiferença não existe com certeza... Cumplicidade? Segundo as tuas palavras: "quando olho nos teus olhos ainda vejo..."
    Posso dizer-te que passados muitos anos ainda é "complicado" estarmos juntos e falarmos. Parece que em cada olhar trocámos anos de Raiva, carinho, cumplicidade... E tudo o que ficou por dizer... Mas lá no fundo, conseguimos ver-nos... No meio de muita conversa politicamente correcta... :) Pode ser apenas tudo fruto da nossa imaginação... Ou há coisas que não se perdem, apenas passam para outro nível...

    Mas gostava de esmiuçar (está na moda) o Amor que pretendes. Para sereno e companheiro, tenho um colega meu de Seia que facilmente me arranjaria uns serras... :P E quem disse que o primeiro não pode ser apaixonado, adulto e completo? Não foi assim? Mas quiseste esquecer ou fazer dele apenas uma recordação da adolescência? Ou simplesmente não foi Amor... Ou pelo menos não foi o Amor com o qual queres agora comprar... Acredito que o "Amor" como lhe chamas tem fases. Não começa em adulto! E quando é jovem é apaixonado, avassalador e sentido como... o primeiro! Claro que é! Ou então não o quero para mim... Nem o desejo para ti... ;) Portanto não te desejo um Amor de adolescente... Antes um que te faça sentir Adolescente... Sem certezas nem metas! Isso sim é pura ilusão! Mas tudo a seu tempo. Aprendi que o Amor do nada, mas é antes a maturidade de uma grande paixão. No Amor não há regras nem obrigações mas conquistas diárias. Há lutas e sacrifícios. E sobretudo há paz, respeito e carinho.

    Se fiquei preso ao meu primeiro Amor? Acho que todos ficamos. Porque foi o primeiro. Não experimentámos outro até ele e nunca imaginámos outro. Guardámo-nos para ele e apenas desse modo seria especial e único. Constrói-se um passado, uma história, uma vida...

    E quem não queria que fosse o primeiro e único? Não pedimos ninguém em particular... Apenas que fosse o primeiro...

    Portanto... sim, vive o próximo como se fosse o primeiro... Quem sabe também o último... :)

    BJOKAS
    RUI

    PS1: Eu sei... entusiasmo-me muito facilmente com os teclados...
    PS2: Tive de cortar algumas partes, se outras deixarem de fazer sentido já sabes! :D
    PS3: Obrigado Amiga! ;)
    PS4: Ok! eu páro! :D

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Obrigada pela sua teoria! ;)