sábado, 19 de janeiro de 2013

Revolta

Não sei se ouviram o caso da jovem indiana de 23 anos, estudante de medicina, que foi violentamente abusada por 6 homens num autocarro na Índia, e que acabou por falecer. Ouviram? Eu ouvi a notícia e na mesma hora só me apeteceu vomitar, tal foi a revolta, o nojo e repúdio que senti. Os casos de violação sempre me chocaram; talvez por ser mulher e porque é quase sempre a mulher que sofre com estas situações; talvez por pensar que se isso me acontecesse um dia, jamais iria recuperar do trauma; talvez por saber que os responsáveis nunca são responsabilizados de maneira justa pelos seus actos. Vão presos por uns tempos e já está, passam umas férias atrás das grades e recomeçam a sua vida, sem sentir o desespero, o vazio e a dor que uma vez inflingiram.

Mas voltando a falar da rapariga indiana, depois de ouvir a notícia li também numa revista as atrocidades a que uma mulher indiana está sujeita. Nada que já não soubesse, mas simplesmente não se pensa nisso né? Na Índia as mulheres podem ser mortas por causa do seu dote, sofrem abusos físicos e sexuais durante a infância, enfim, são lixo aos olhos da sociedade, principalmente as mais pobres. Muitos pais optam por abortar os bebés do sexo feminino. Isto já está a mudar na Índia mais moderna, mas o facto é que a violência e discriminação existe. E depois de saber que 6 monstros violaram uma rapariga no autocarro, sem ninguém intervir, que ela resistiu e eles a violaram com uma barra de ferro "para lhe ensinarem uma lição" e que depois ainda a atiraram do autocarro e tentaram atropelá-la, só me apetece dizer FAÇAM-LHES O MESMO 30 VEZES!
Depois desta descrição atroz de violência extrema, de um país que humilha o sexo feminino, sinto-me revoltada e ao mesmo tempo pequena e insignificante. Andamos nós preocupados com a merda da crise, enquanto nesse mundo há mulheres que são apedrejadas e regadas com querosene pelos maridos e nada podem fazer, a viver uma vida de sofrimento contínuo. E não me venham cá falar em tradições, isso pra mim é zero quando envolve a violação de direitos. Uma mulher é um ser humano, não uma coisa para ser usada. Que revolta!

Agora gerou-se uma onda de indignação e revolta na Índia devido ao caso da rapariga, mas será que algo vai mudar? Espero que sim, só não é justo ter de morrer uma pessoa de forma tão atroz para que isso aconteça.

Vejam a notícia aqui.

2 comentários:

  1. Custa mt saber que estas situações acontecem com esta violência nos dias de hoje...é mesmo como dizes, e "andamos nós preocupados com a merda da crise" enquanto noutra parte do mundo é isto!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. é horrivel...... nem parece que vivemos todos no mesmo mundo! Em vez de guerras por causa do petróleo, havia de haver guerras pela luta pelos direitos humanos! isso sim....

      Excluir

Obrigada pela sua teoria! ;)