domingo, 24 de fevereiro de 2013

O lado selvagem

Ontem passei o dia em casa, de molho. Depois da descrição do meu inspectacular estado de saúde não se podia esperar outra coisa....o dia foi passado entre o sofá e a cama, a dormitar, enfiar comprimidos pra veia, beber muita água e ver tv. Vi o filme "Sacanas sem lei" pela 3a vez e, antes de dormir, estava a dar um na Tvi que me chamou a atenção, de seu nome "Into the wild". Reconheci logo a banda sonora do Eddie Vedder, magnífica para o filme. Ora o dito era sobre a história de um rapaz que, ao acabar a faculdade, mandou tudo às urtigas e foi viver a vida à sua maneira.....uma vida selvagem. Sim, o rapaz foi viver em comunhão com a natureza, sem dinheiro ou mantimentos, tinha só uma super mochila e uns tostões. Viveu na floresta, na montanha, andava de canoa, à boleia e a pé. Conseguiu chegar assim até ao México e depois decidiu ir até ao Alaska, arranjando empregos temporários para se manter. Isto tudo porque ele abominava as coisas materiais, o status, a falsidade das aparências (os pais não tinham uma relação fácil).

É, por isso, um filme que nos faz pensar sobre a vida. Sobre o valor das coisas. Do supérfulo e do que é realmente importante. Algumas pessoas escolhem viver sem o material, os chamados hippies, e são por vezes gozadas e discriminadas por isso. Mas não devem eles ser mais valorizados pela sua atitude de coragem, e compreendidos? Qual é o mal de dizer não a esta sociedade que se degrada a cada dia e ir aproveitar o simples e bom (que é de graça!), um pôr do sol, um banho de rio, um beijo ao luar. Se não andam a roubar ninguém! A nós,  "habitantes" desta sociedade, resta-nos a consciência do valor destas coisas simples e boas....que também nós podemos usufruir, basta querer!

Não acabei de ver o filme, já que deu tarde e a más horas e eu, apesar de ter dormido o dia todo, não aguentava os meus olhinhos de princesa. Mas pelo que andei a ver aqui na net, o filme tem muito boas críticas. E no final o rapaz morre. Alguém sabe como??!?? Se sabem digam please!

Acrescento só que o filme me fez lembrar uma história que há tempos um senhor contou à minha colega. Ao que parece desapareceu um rapazito lá da aldeia. Ninguém soube dele durante uns meses, especulava-se que tivesse emigrado sem dizer, fugido, raptado, ninguém sabia. Até que um dia foram dar com ele a viver no meio do mato a uns pouco kms da aldeia, com as roupas rasgadas, cheio de barba. Foi ele que escolheu aquela vida, disse. A polícia levou-o. Louco? Depois de ter visto o filme já não dou sentenças.....

3 comentários:

  1. ele come um cogumelo que depois ve no livro que são daqueles venenosos... é um bocado angustiantes :/

    ResponderExcluir
  2. Nunca vi o filme...mas tenho tantos, tantos, tantos para ver...

    ResponderExcluir
  3. Ele morre envenenado... não gostei desse filme, achei profundamente egoísta a forma como ele deixou a família desesperada sem saber dele. Viver sem bens, em comunhão com a natureza tudo bem. Mas não precisamos enlouquecer quem gosta de nós por estarmos a pensar só em nós e naquilo que queremos...

    ResponderExcluir

Obrigada pela sua teoria! ;)