Para quem me conhece, esta história já não é novidade. Esta é a história de vida da cadela mais resistente do universo e arredores. Esta é a história da minha cadela (txãtxãtxãtxããã).
A minha cadela é natural de Penude, concelho de Lamego. Foi raptada com apenas 8 dias de vida, privada do leitinho quente das bogas de sua mãe doggy. Um rapto em penude até seria compreensível se se tratasse de um cão com pedigree, descendente de um visconde-cão oriundo do Alaska ou assim, mas a minha cadela é, digamos, QUASE o cão mais feio do mundo. Rafeira, com pelo nada brilhante, um misto preto/branco/cinzento e mai não sei, olhos tipo berlinde, naquela altura mirradita quase nem andava, não percebo muito bem pk a foram raptar, sinceramente. Mas adiante, os donos lá conseguiram resgatá-la, lá vinha a bicha doente e às portas da morte “ai xenhora profexora tínhamos lá um cãozinho pra xi mas num xei xe xe xafa”, o certo é que lá arrebitou e veio parar ao meu humilde castelo. Ora passados uns tempitos, o canito começou com uns ataques mui estranhos, vai que revirava os olhos, batia com a cabeça, babava-se, uma festa. Andava metida na droiga pensais, mas não, foi diagnosticada Epilepsia. Bota luminaletas todos os dias de manhã e à noite “era só o que me faltava, um cão com uma doença crónica”. 2º Natal passado no palácio, Lizzy Maria (é o seu nome) decidiu órinar no chão da sala e o espanto (!), a órina era cor-de-rosa. Conclusão: a bicha havia profanado as maças decorativas da árvore, devorando o revestimento e deixando as bolinhas de esferovite (já agora, mais valia comer tudo, não?). Aparentemente aquilo era doce e a cutxa (prós avós) adora açúcar, desde xicolates a gomas, rebuçados, bolos and soion.
Desta também se safou a pikena. Adiante. Lá viveu mais uns anos com qualidade, muitas travessuras à menina, quase afogada pla je no rio, virada de cabeça pra baixo em brincadeiras, muitas orelhinhas puxadas mas isso faz parte né. Há cerca de um ano e meio, começou com muita tosse, a esganar-se toda aliás, parecia que lhe dava o stricofight todos os dias, toca dir ao vet again. Diagnóstico: edema agudo do pulmão, acompanhado de Insuficiência cardíaca gravíssima. Pouco tempo de vida, sofrimento atroz, “levem só estes comprimidos pk não vale a pena mais”. Análises: Triglicerídeos elevados, Colesterol elevado. E não se esqueçam que estamos a falar de uma simples cadela rafeira. Não se sabe bem como, mas lá se aguentou mais um mês e mais outro…até que um dia me pareceu ainda mais estranha. Tinha a boca assim…de lado. E um olho tapado pelo pêlo, sempre. Diagnóstico: trombose. Cega do olho direito. “Preparem-se para o pior…” passaram mais uns meses. Falta de ar esporádica que cura comendo as plantas todas da vizinha para de seguida as gregar. O cão do vizinho é atropelado e morre. A cadela da Sra. do lado tem uma doença e morre. O cachorrinho da ponta da rua morreu de repente. E a Lizzy??? A Lizzy tem um papo na barriga. Diagnóstico: Cancro da mama. “Não podemos operar pk é velhinha…não ia aguentar a anestesia”. Hum, pode ser que retroceda ou que morra entretanto. Meses. Aquilo a crescer. “Temos de operar já ou mandá-la abater”. Abater a nossa companheira de 14 anos? No way. Vai à faca. Foram precisas 4 pessoas a segurá-la para a conseguirem picar. É má como as cobras o raio da cutxa. Lá lhe tiraram aquela coisa monstruosa que já quase arrastava no chão, vou buscá-la e ela encontra-se num grunhido mix tipo sofrição e raiva, com um olhar de quem nos quer trucidar mas quando a ponho ao meu colo lá se acalma... “oh é tão fofinha”, bolas, o amor é mmo cego…(!) Lá veio ela com o soro pa casa, funil na cabeça e coletezinho, “os próximos 2 dias são cruciais”. Isto há +/- 3 meses atrás. Lizzy Maria from Penude? 14 anos de puro rafeirismo, ainda on fire. Mau hálito tipo fossa, bufas frequentes tipo nem sei descrever, roncopatia acentuada e continua tipo aqueles nossos doentes (lol), 2 mamocas pegadinhas uma à outra mais a cicatriz na barriga, um olho aberto outro fechado, boca torta, mas still ON FIRE. Ainda vai durar mais 14 anos, abadidon.
A minha cadela é natural de Penude, concelho de Lamego. Foi raptada com apenas 8 dias de vida, privada do leitinho quente das bogas de sua mãe doggy. Um rapto em penude até seria compreensível se se tratasse de um cão com pedigree, descendente de um visconde-cão oriundo do Alaska ou assim, mas a minha cadela é, digamos, QUASE o cão mais feio do mundo. Rafeira, com pelo nada brilhante, um misto preto/branco/cinzento e mai não sei, olhos tipo berlinde, naquela altura mirradita quase nem andava, não percebo muito bem pk a foram raptar, sinceramente. Mas adiante, os donos lá conseguiram resgatá-la, lá vinha a bicha doente e às portas da morte “ai xenhora profexora tínhamos lá um cãozinho pra xi mas num xei xe xe xafa”, o certo é que lá arrebitou e veio parar ao meu humilde castelo. Ora passados uns tempitos, o canito começou com uns ataques mui estranhos, vai que revirava os olhos, batia com a cabeça, babava-se, uma festa. Andava metida na droiga pensais, mas não, foi diagnosticada Epilepsia. Bota luminaletas todos os dias de manhã e à noite “era só o que me faltava, um cão com uma doença crónica”. 2º Natal passado no palácio, Lizzy Maria (é o seu nome) decidiu órinar no chão da sala e o espanto (!), a órina era cor-de-rosa. Conclusão: a bicha havia profanado as maças decorativas da árvore, devorando o revestimento e deixando as bolinhas de esferovite (já agora, mais valia comer tudo, não?). Aparentemente aquilo era doce e a cutxa (prós avós) adora açúcar, desde xicolates a gomas, rebuçados, bolos and soion.
Desta também se safou a pikena. Adiante. Lá viveu mais uns anos com qualidade, muitas travessuras à menina, quase afogada pla je no rio, virada de cabeça pra baixo em brincadeiras, muitas orelhinhas puxadas mas isso faz parte né. Há cerca de um ano e meio, começou com muita tosse, a esganar-se toda aliás, parecia que lhe dava o stricofight todos os dias, toca dir ao vet again. Diagnóstico: edema agudo do pulmão, acompanhado de Insuficiência cardíaca gravíssima. Pouco tempo de vida, sofrimento atroz, “levem só estes comprimidos pk não vale a pena mais”. Análises: Triglicerídeos elevados, Colesterol elevado. E não se esqueçam que estamos a falar de uma simples cadela rafeira. Não se sabe bem como, mas lá se aguentou mais um mês e mais outro…até que um dia me pareceu ainda mais estranha. Tinha a boca assim…de lado. E um olho tapado pelo pêlo, sempre. Diagnóstico: trombose. Cega do olho direito. “Preparem-se para o pior…” passaram mais uns meses. Falta de ar esporádica que cura comendo as plantas todas da vizinha para de seguida as gregar. O cão do vizinho é atropelado e morre. A cadela da Sra. do lado tem uma doença e morre. O cachorrinho da ponta da rua morreu de repente. E a Lizzy??? A Lizzy tem um papo na barriga. Diagnóstico: Cancro da mama. “Não podemos operar pk é velhinha…não ia aguentar a anestesia”. Hum, pode ser que retroceda ou que morra entretanto. Meses. Aquilo a crescer. “Temos de operar já ou mandá-la abater”. Abater a nossa companheira de 14 anos? No way. Vai à faca. Foram precisas 4 pessoas a segurá-la para a conseguirem picar. É má como as cobras o raio da cutxa. Lá lhe tiraram aquela coisa monstruosa que já quase arrastava no chão, vou buscá-la e ela encontra-se num grunhido mix tipo sofrição e raiva, com um olhar de quem nos quer trucidar mas quando a ponho ao meu colo lá se acalma... “oh é tão fofinha”, bolas, o amor é mmo cego…(!) Lá veio ela com o soro pa casa, funil na cabeça e coletezinho, “os próximos 2 dias são cruciais”. Isto há +/- 3 meses atrás. Lizzy Maria from Penude? 14 anos de puro rafeirismo, ainda on fire. Mau hálito tipo fossa, bufas frequentes tipo nem sei descrever, roncopatia acentuada e continua tipo aqueles nossos doentes (lol), 2 mamocas pegadinhas uma à outra mais a cicatriz na barriga, um olho aberto outro fechado, boca torta, mas still ON FIRE. Ainda vai durar mais 14 anos, abadidon.
Ó pa ela!!!girezaaa :)